Parace estranho, mas há muito tempo não se via tantos atletas sem contrato no nível mais alto do ciclismo mundial. Alguns deles são motivo até mesmo de especulação, como é o caso do recente campeão do Giro, Vincenzo Nibali, que está sendo ligado à um projeto improvável de uma equipe no Bahreim.
Entre as estrelas que podem mudar de casa estão Alberto Contador e Peter Sagan, isso porque a Tinkoff-SaxoBank irá fechar as portas esse ano, deixando 28 atletas sem contrato para a próxima temporada. Muitos especulam que o ex-técnico Bjarne Riss, que venceu o Tour de France em 1996, pode estar disposto a montar uma estrutura com novos patrocinadores, mas mantendo o elenco atual da Tinkoff.
Contador tem sido vinculado a propostas da Lampre-Merida e Sagan da equipe Astana e Etixx, mas ainda nada foi confirmado e a dúvida ainda paira no ar.
Fonte: iamcycling.ch
Outro motivo para a grande quantidade de atletas sem contrato é o fechamento de outra equipe, a suiça IAM Cycling, que conta com 27 atletas e irá deixar o pelotão ao final da temporada. Em seu elenco estão atletas como o ex-recordista do recorde mundial da Hora, Mattias Brandle, o campeão australiano de 2015, Henrich Haussler e o atual campeão francês de contra-relógio Jerome Coppel. Os melhores atletas estão sendo ligados à equipes tradicionais do ProTour, por outro lado, aqueles com resultados menos expressivos, terão dificuldades de continuar em uma equipe deste nível.
A equipe Trek-Sagafredo deve ser uma das que precisarão de atletas, com a estrela Fabian Cancelara pendurando as sapatilhas, uma boa grana deverá sobrar na carteira do time, que deve contratar novos atletas, dado que nesta temporada os resultados não foram dentro do esperado no time americano. O líder Bauke Mollema deve renovar com o time, já Ryder Resjedal, que tinha como meta o pódio no Giro d´Itália, mas desistiu da prova, se encontra em uma situação delicada na renovação do contrato.
Fonte: team tinkoff saxobank
Além disso, há o problema dos atletas neo-pro, que este ano foram 37 no ProTour, mas que geralmente acabam sendo contratados para repor eventuais aposentadorias de atletas mais velhos, gerando uma renovação no ciclismo.
O mais provável é que em 2017 o pelotão tenha cara nova, com patrocinadores e marcas, que antes não investiam no ciclismo, fazendo parte do mercado.
Esse ano tivemos o exemplo da equipe “Colombia-Coldeportes” que fechou as portas em 2015, porém todos seus atletas (neo-pro) conseguiram encontrar boas equipes para atuar esse ano.
Ano que vem a dança das contratações deve ter o mesmo compasso, pena, apenas, para o ciclismo brasileiro tão distante deste mundo e deste meio.
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