Doze meses depois, Tom Dumoulin retorna à cena. Depois da Vuelta de 2015, poucos duvidaram do potencial do holandês como ciclista de GT. Tão impressionante no Giro do ano passado – onde ele venceu várias estrelas como Nairo Quintana e Vincenzo Nibali – ele foi, até mesmo, anunciado como o principal candidato a quebrar o domínio de Froome no Tour de France.
Durante o inverno todo mundo estava falando sobre um possível confronto entre os dois em julho, mas agora este prato está sendo servido um pouco mais cedo do que o previsto, embora ainda possa ser uma briga dupla, já que ambos irão tentar o “double” Giro-Tour.
Dumoulin é o único ciclista da geral que pode ir mais rápido que Froome em um contra-relógio e, por essa razão, uma batalha fascinante está reservada!
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Para o próprio Dumoulin, o maior desafio será evitar a difícil “síndrome do segundo título”. Ele teve um péssimo início de ano, marcado por acidentes, problemas mecânicos e doenças – e isso sem mencionar a dificuldade que ele teve em se adaptar ao seu novo status.
“Um bom resultado te dá asas por um momento, mas também as expectativas, e aumentam as responsabilidades”, disse ele em abril. “Minha primavera foi ruim, em parte devido à má sorte, em parte porque eu queria muito ir bem. Eu não estava relaxado e não andava com prazer, eu só tinha olho para o resultado”, disse ele.
Depois de ter sinais de overtraining no inverno, Dumoulin teve a carga mais leve de qualquer concorrente Giro até agora nesta temporada, com apenas 12 dias de competição em seu currículo. É exatamente o mesmo cronograma de 2017, no entanto, e mesmo que os resultados não tenham atraído a atenção, Dumoulin insiste que está no caminho certo. “A sensação é um pouco como no ano passado”, disse ele após terminar em 15º na Liège-Bastogne-Liège, “e no ano passado eu não fui particularmente ruim no Giro …” :p
A desvantagem para Dumoulin é que a rota deste ano não é tão pesada em cronos quanto a do ano passado – 45km ao contrário de 70km – mas por outro lado, ano passado trouxe muita experiência a ele, lidando com a liderança da prova e os ataques (físicos e psicológicos) de rivais, fora o “pit stop” daquela infame parada de emergência para ir ao banheiro.