Peter Sagan venceu de forma inconstetável a clássica belga Gent-Wevelgem. A prova foi decidida em um sprint massivo entre um seleto grupo de pouco mais de 20 atletas. Sagan disse, em entrevista pós prova, que essa teria sido a sua mais fácil vitória na Gent-Wevelgen.
E, mais uma vez, Peter Sagan deixou claro que não precisa provar mais nada, além de calar os criticos, ele deixou claro que seu desempenho na E3 Harelbeke, que aconteceu na sexta-feira, não passou de um “dia ruim”, situação a qual todos (não só os ciclistas) estão sujeitos.
O pódio foi completado pelo italiano Ellia Viviani (Quick-Step Floors) e Arnaud Démare (Groupama- FDJ). Em uma clássica não tão marcada pelos ventos do norte, a prova acabou vindo pra uma chegada ao sprint e Sagan não estava afim de brincadeira e tornou-se parte do seleto grupo de ciclista que mais vezes venceu em Wevelgen (2013, 2016 e 2018) com 3 títulos juntamente com Merckx, Van Looy, Cipollini, Boonen e Van Eenaeme.
O clima estava favorável para os ciclistas hoje, sem previsão de chuva e muito menos dos fortes ventos pelos campos belgas e franceses. A temperatura também contribuiu para que um grande publico fosse as ruas ver a passagem dos ciclistas.
A história da prova começou a se desenvolver a partir da fuga do dia, formada por 6 corredores: José Gonçalves (Katusha), Frederik Frison (Lotto-Souldal), Fillipo Ganna (UAE Team Emirates), Jan Willen Van Schip e Brian Van Goethem (Roompot- Nederlandse Loterij); que acabaram sendo neutralizados pelo pelotão na última passagem pelo famoso Kemmelberg onde a prova realmente começou a ter maiores emoções.
Veja como foi a segunda passagem pelo Kemmelberg:
A very entertaining second time Kemmelberg! #GWE18#7racesinFlandersFIeldspic.twitter.com/stoPC1KLHK
— GentWevelgem (@GentWevelgem) 25 de março de 2018
O primeiro a animar a prova foi o campeão alemão, Marcus Burghardt que atacou pouco antes do Kemmelberg e logo depois foi a vez de Philippe Gilbert, da Quick-Step Floors fazer o mesmo, atacando a no pé do Kemmelberg. A partir desse movimento a corrida começou a ser desenhada pelas equipes na busca pelo melhor posicionamento de seus líderes.
Após a última subida da prova um grupo com os principais nomes formou-se e a 25 kmdo final ficou claro que esse seria o grupo que decidiria a vitória.
O grupo que se formou na ponta da prova continha mais de 20 ciclistas e isso ajudou para que não houvesse tanta “politicagem”, contribuiu também o fato de, no grupo perseguidor, que vinha logo atrás, ter alguns favoritos como Kristoff e Moscon. Vários eram os ciclistas que se revezaram na ponta do pelotão, até que, nos quilômetros finais Gilbert tomou a ponta do grupo e levou forte trabalhando para o sprinter da equipe, o italiano Elia Viviani.
Chegando perto do final da prova alguns atletas tentaram algumas fugas que foram protamente anuladas ora por Gilbert ora pelo gregário de Sagan, Burghardt.
Mas no sprint final, não teve como segurar o tri campeão do mundo. Muito atento ele percebeu as ações de todos os atletas que estavam na ponta do grupo e partiu no momento certo para abrir e não ser mais alcançado pela concorrência.
Veja os quilômetros finais:
Elia Viviani juntamente com o eslovaco foram realmente os protagonistas da prova, mas cada qual levava também dois grandes cães de guarda: o alemão Marcus Burghardt foi o fiel escudeiro de Sagan nos quilômetros finais da prova, juntamente com o outro cão de guarda, Philippe Gilbert, não deixando que ninguém se atrevesse a uma chegada surpresa. As lágrimas do italiano ao final da prova mostraram a desilusão e o desapontamento por ter deixado escapar além de um excelente trabalho de equipe, a vitória após os 251Km pelos campos de Flanders.
Las lágrimas amargas de la derrota de @eliaviviani #GWE18 pic.twitter.com/j3Lhm56xsC
— Alpe d’Huez B&T (@Alpe__dHuez) 25 de março de 2018