O velocista holandês, Dylan Groenewegen, está no meio de uma tempestade desde o dia do acidente quando, no sprint decisivo da primeira etapa do Tour da Polônia, ele fechou o compatriota, Fabio Jakobsen, resultando um acidente terrível.
Groenewegen foi entrevistado pelo site holandês NOS e falou sobre o acidente que diz estar profundamente arrependido.
Twee dagen na de vreselijke valpartij van Fabio Jakobsen doet Dylan Groenewegen, die van zijn lijn afweek in de sprint, voor het eerst zijn verhaal.
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— NOS Sport (@NOSsport) August 7, 2020
Jakobsen foi apertado contra o gradil e caiu a cerca de oitenta quilômetros por hora, já que o sprint era descendo. Ele foi submetido a cinco horas de cirurgia, principalmente no rosto, e ficou em coma artificial em um hospital polonês até a tarde de sexta-feira quando foi “acordado”.
A culpa
Em uma das primeiras partes da entrevista, Groenewegen conta como foi o acidente e os dias que se seguiram deixando claro que nunca pretende colocar em risco os outros ciclistas. Mas que, claramente, o acidente foi culpa dele. “Desviei da minha linha e isso não é permitido”, disse ele.
Groenewegen teve uma clavícula quebrada por causa de seu próprio acidente, mas esse era um problema tão pequeno que ele mal lembrava, seus pensamentos estavam com Fabio e sua família.
No sprint Groenewegen estava na frente quando Jakobsen tentava ultrapassá-lo nas últimos metros, ele foi mudando sua trajetória até que não restou mais espaço e Jakobsen voou sobre a grade: “Foi tão rápido que as grades voaram e eu também acabei caindo.”
Assim que pôde perceber o que havia acontecido ele entendeu que poderia ser muito sério.
O que diz a Jumbo-Visma
O velocista da Jumbo-Visma recebeu muitas críticas. Foi acusado de comportamento imprudente e soube que Patrick Lefevere, gerente da equipe Deceuninck-QuickStep de Fabio Jakobsen que havia sido uma tentativa de assassinato e que iria entrar na justiça comum.
Felizmente Groenewegen entende que, nesses momentos, todo mundo acaba sendo muito emocional e que, caso aconteça realmente é uma decisão que de Lefevere, mas que certamente ele não causou o acidente conscientemente.
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Richard Plugge, gerente da Jumbo-Visma, também foi contactado para falar sobre o acidente e as palavras de Lafevere, as quais ele também prefere não responder, mas fez fez questão de telefonar para para expressar condolências e dar todo apoio necessário.
Sobre o acidente disse que só podemos analisar o que seu ciclista fez e, nesse caso, ele violou uma regra:
“Ele se desvia da sua linha e isso não é permitido. Ele é desqualificado por isso e está certo”.
“Falando em termos esportivos, é isso. Já as consequências resultantes do acidente são sem precedentes. Acho que nunca havíamos passado por algo assim antes”, finalizou.
Tempo da bicicleta
A UCI está investigando o caso e enquanto isso Groenewegen seguirá sem competir.
Segundo Plugge, a equipe deve aguardar as decisões do conselho disciplinar antes de tomar qualquer ação.
Groenewegen pode ficar sem competir pela equipe durante algum tempo, mas isso parece não o preocupar no momento:
“Pensar em correr está muito longe. Não vou nem pensar em andar de bicicleta nos próximos meses. Vamos ver como será depois disso.”, disse Groenewegen na entrevista.
Plugge sabe que pouco se pensa sobre os efeitos psicológicos para quem é dado como culpado, mas ele sabe o cuidado que terá que ter com seu ciclista. Um psicólogo faz parte da equipe Jumbo, mas, segundo o gerente, um profissional estará a disposição de Groenwegen para que ele consiga lidar com as consequências da melhor forma possível.
No momento nos resta torcer para que Groenwegen e Jakobsen se saiam bem da recuperação e que possam brilhar novamente.
Isso é o que mais interessa no momento.
Atualização
A Jumbo-Visma publicou em seu site uma declaração da equipe sobre o acidente no Tour da Polônia, veja aqui.