A Paris-Nice mostrou por que é uma das mais duras provas de uma semana do mundo. Logo na abertura os ciclistas foram forçados a dar tudo o que tinham, parecia uma grande clássica, com vento, quedas e cortes no pelotão.
Vários nomes de peso ficaram para trás hoje, como foi o caso dos ciclistas da Astana: Ion Izagirre e Miguel Angel Lopes, além de estrelas como Fabio Aru (UAE), Tejay Van Garderen (EF-Education), Domenico Pozzovivo (Bahrain-Merida), entre outros.
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Na ponta do pelotão, quem ditava as ordens era a Sky, a Deceunick-QuickStep e a Jumbo-Visma. O britânico Luke Rowe (Sky) foi um dos gregários mais elogiados no pelotão hoje, depois que ele fez estrago com vento lateral e forçou os cortes no pelotão. Mais tarde, as equipes procuravam seus líderes e o caos tomou conta da prova.
Entre os ciclistas que ficaram no pelotão da frente estavam os favoritos Michal Kwiatkowski (Team Sky), Nairo Quintana (Movistar Team), Rigoberto Uran (EF Education First), George Bennett (Team Jumbo-Visma), Simon Yates (Mitchelton-Scott), Ilnur Zakarin (Katusha-Alpecin) e Romain Bardet (AG2R La Mondiale).
Enquanto as equipes faziam o trabalho duro na ponta do pelotão, muitas equipes protegiam seus sprinters para a chegada. Esta Paris-Nice trouxe um conjunto muito forte de velocistas e a maioria deles conseguiu se posicionar bem para a chegada, ficando no grupo da frente. Foi o caso de John Degenkolb (Trek), Sam Bennett (Irl) Bora-Hansgrohe, Sonny Colbrelli (Ita) Bahrain-Merida, André Greipel (Ger) Arkéa Samsic, Dylan Groenewegen (Ned) Team Jumbo-Visma e Caleb Ewan (Aus) Lotto Soudal. Melhor para os dois últimos, que brigaram até a linha de meta e o vencedor só foi definido pelo photo-finish.
O alemão Groenewegen sagrou-se vencedor da etapa e vestiu a primeira camisa de líder da competição. Muitos citam Groenewegen como o melhor velocista do mundo na atualidade, outros dizem que seria o colombiano Fernando Gaviria, mas uma coisa é certa: vai ser difícil alguém segurar Groenewegen amanhã e tirar a sua camisa. Vamos ficar de olho!
Amanhã teremos uma nova etapa “plana” e destinada aos sprinters. Mas é difícil dizer, exatamante, o que vai acontecer, como acontece em muitos esportes. Conforme vimos hoje, esta Paris-Nice está aberta em termos de resultado final, não da para saber quem vai ganhar a geral e quem vai vencer as etapas. Foi impressionante a forma como esta etapa de abertura se desenvolveu.
A primeira etapa foi de brutalidade total! Será que os analistas que olham apenas o perfil altimétrico das etapas e “acham” que sabem o que vai acontecer poderiam prever uma etapa assim? Ciclismo não é um esporte premeditado, tudo pode acontecer!