Foi uma batalha de tirar o chapéu esse Tour de Flanders! Foram muitos ataques, o frio atrapalhou muita gente, mas no final, o holandês Niki Terpstra (Quick Step-Floors) mostrou por que é considerado um dos melhores atletas de clássicas da história.
Na segunda colocação chegou o campeão dinamarquês de apenas 22 anos, Mads Pedersen (Trek-Segafredo), que foi o único sobrevivente da fuga que Terpstra ultrapassou, e em terceiro um valente Philippe Gilbert que chegou comemorando a vitória de seu companheiro de equipe. A Holanda está em festa, ainda mais por também ter vencido no feminino, com Ana Van der Breggen!
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Terpstra já venceu esse ano duas clássicas, a Le Samyn e a E3 Harelbeke, ambas no mesmo estilo de hoje, a base do passo forte e muita resistência. Hoje, foi preciso muito mais do que saber atacar na hora certa, mas resistir aos últimos 20km escapado e fazendo uma média de 50km por hora, isso após 230km rodados, são números que mostram o quão sobre-humanos são os ciclistas que vencem um monumento.
Nas últimas semanas Terpstra já vinha sendo cotado como favorito ao Tour de Flanders, devido aos grandes resultados já conquistados na temporada, mas também devido à sua equipe, a Quick Step-Floors, estar dando um show de ciclismo em toda prova que participa, esse pode estar sendo o melhor início de temporada da equipe belga em quase 20 anos desde sua formação.
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Apesar dos elogios pela vitória de Terpstra, as críticas ficaram para o grupo perseguidor, que parecia estar fazendo um replay da E3 Harelbeke, com BMC, Astana e Cannondale assistindo o “passeio” de Terpstra e só se importando se o Sagan estava ou não abrindo alguma vantagem, uma verdadeira politicagem! A prova também foi marcada pela belíssima atuação de Greg Van Avermaet (BMC), que mostrou que não é apenas mais um rodeiro, pois atacou várias vezes e ajudou na perseguição de Terpstra, assim como Tiesj Benoot (Lotto-Soudal), que apesar da pouca idade, tem coragem e não tem medo de pegar a ponta.
A verdade é que para vencer um grande MONUMENTO como o Tour de Flanders, o ciclista precisa ser corajoso, atacar e arriscar! Com certeza, Niki Terpstra venceu mostrando seu talento monstruoso, mas a vitória poderia ter ficado com Mads Pedersen, que foi igualmente bruto e resistiu à pressão do grupo perseguidor, chegando na fantástica segunda posição. Pedersen, após ter sido pódio durante a semana na Dwars Doors Vlanderen, está sendo considerado um dos grandes favoritos à Paris-Roubaix! Grande festa do ciclismo e viva os corajosos!
Vídeos da prova:
Resultados