A imprevisibilidade é uma das principais características que faz as pessoas se apaixonarem pelos esportes em geral. No ciclismo isso vive acontecendo. Quantas vezes não vimos o ciclista favorito com um pneu furado, um acidente ou mesmo em um dia ruim e logo depois a tentativa de recuperação, a perseguição ao seu objetivo?
Hoje, após um tombo na frente do campeão mundo, Peter Sagan, a 8 quilômetros do final da etapa, essa imprevisibilidade apareceu e o que aconteceu foi mais um momento daqueles de tirar o fôlego. No final um segundo lugar provou que há algumas decepções que não são realmente decepcionantes. Muito menos para Sagan que disse nas entrevistas pós prova que não está incomodado com a falta de vitórias o que importa é show.
Tudo começou a 8 quilômetros do final da etapa. Após evitar, mostrando equilíbrio extremo, uma queda depois que Fernando Gaviria caiu bem na sua frente, Peter Sagan partiu na perseguição do pelotão que estava a toda velocidade.
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“Estávamos bem posicionados nos últimos quilômetros, mas, infelizmente, para não cair, tive que travar com força e acabei entortando minha roda traseira, então tive que parar pra trocar.” disse Sagan, após a etapa.
Sagan, depois de trocar a roda, voltou a perseguição e contou, inclusive, com uma estranha colaboração do bielorrusso Kanstantin Siutsou (Bahrein-Merida) que o ajudou a colocá-lo de volta na caravana, atrás do grupo principal que vinha para a chegada.
Após escalar os carros da caravana ele reentrou no grupo e com 3 km para o final ele precisava ir para a frente, isto é, passar cerca de 70 ciclistas que estavam no grupo principal. Algo bem difícil, tamanha era velocidade que estavam e quantidade de ciclistas.
Utilizando de alguma ajuda dos companheiros de equipe e muita técnica, pulando inclusive uma calçada, quando restava 1 quilômetro para o final lá estava ele, no lugar onde ele precisava. Na roda de Marcel Kittel (Katusha).
Sagan sendo Sagan
#sagan#tirrenoadriatico#petersagan pic.twitter.com/lVkBoBJiK1— Digital Cycling (@CyclingDigital) 12 de março de 2018
Porém, no sprint final, Kittel partiu forte e mesmo muito bem posicionado, Sagan não conseguiu ultrapassa-lo.
“Eu consegui voltar para o sprint final, mas gastei muita energia. Ciclismo é assim, tem coisas que não dá pra controlar.”
“Os fãs gostam disso, então estou muito feliz em fazer isso pelos fãs e também feliz por não ter caído, no final isso é o mais importante”, finalizou.
Veja como foi toda a perseguição desde o acidente:
Amanhã Sagan participa do crono que fecha a disputa do Tirreno-Adriatico e depois começa preparação para o seu primeiro grande objetivo da temporada, a Milan-San Remo no sábado.