Apesar da fantástica vitória do dinamarquês Michael Valgren (Astana), alguns nomes, para quem vê apenas o resultado final da prova, passaram totalmente desapercebidos. Isso aconteceu porque a fuga que se formou na parte final da prova e que continha 12 ciclistas, incluindo 3 da Astana, foi pega nos últimos metros, logo depois que a politicagem tomou conta do grupo assim que Valgren conseguiu se destacar, após um ataque de Vanmarcke, e disparar para a linha de chegada com cerca de 2,5 quilômetros para o final.
Veja o momento do ataque de Valgren:
Valgren Andersen wins Omloop het Nieuwsblad 2018! 🥇🏆 pic.twitter.com/SHUfuhBWl0
— OmloopHetNieuwsblad (@OmloopHNB) 24 de fevereiro de 2018
No grupo, os ciclistas se entreolharam, alguns tentaram alguma aceleração, mas que sempre era respondido por alguém. A situação era difícil já que quem se dispusesse a levar estaria fazendo o trabalho de gregário para os outros que viriam “de roda” até o momento de partir na busca do escapado. Não teve jeito, Valgren foi o grande vencedor.
Esse grupo, formado após um grande ataque de Vanmarcke a menos de 17 quilômetro do final, acabou selecionando 12 ciclistas que vieram praticamente juntos até o final. Eram eles, Sep Vanmarcke (EF Educação First-Drapac p / b Cannondale), Greg Van Avermaet (BMC), Matteo Trentin (Mitchelton-Scott), Daniel Oss (Bora), Stybar (Quick-Step Floors), Wout van Aert (Veranda’s Willems Crelan), Lukas Wisniowski (Team Sky), Naesen (Ag2R), Colbrelli (Bahrein Merida), Valgren (Astana), Lutsenko (Astana) e Oscar Gato (Astana).
Momento do ataque de Sep Vanmarcke:
Bulldozeren Sep Vanmarcke avholdt masterforelesning i brosteinskjøring på Muur i går. #OHN18 🇧🇪 pic.twitter.com/OY09opKoP5
— Sykkelmagasinet🚴🏼 (@sykkelmag) 25 de fevereiro de 2018
No grupo estavam a maioria dos homens que mostraram estar mais fortes durante toda a prova. Algumas ausências que demonstraram estar em excelente forma, eram: Tiesj Benoot e Tim Wellens (Lotto Soudal) e Philippe Gilbert (Quick-Step Floors).
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E, no grupo, alguns mereceriam colocação melhor na classificação geral, fato que não aconteceu devido as circunstâncias da prova. Acontece! O grupo foi pego e a partir daí a maioria dos melhores nomes da prova não apareceram nas melhores posições na classificação geral.
Foram eles:
Wout van Aert: o ciclista campeão mundial de cyclocross fez uma estréia gloriosa na primeira clássica da primavera. Ele mostrou muita experiência e as câmeras da prova flagram-no tirando o agasalho a poucos quilômetros do final, justamente antes do ataque crucial de Sep Vanmarcke. Em suas entrevistas ele disse que não conseguia acreditar que esteve tão perto de uma possível vitória na Omloop het Nieuwsblad.
Após o pelotão pegar o grupo ele acabou em 32º lugar, o que nem de longe fez justiça ao seu desempenho. Sua próxima prova na estrada é a Strade Bianche onde teremos a presença do campeão mundial de estrada, Peter Sagan.
Sep Vanmarcke: com certeza um dos homens mais fortes da prova. No Muur van Geraardsbergen, Vanmarcke parecia ser o homem mais forte, atacou e subiu sozinho. Já no plano Stybar foi o primeiro a encostar e logo depois o restante do seleto grupo. Ficou claro que, com o nível do pelotão atual e com o vento contra que soprava no final da prova, era praticamente impossível chegar solo ou mesmo em dois, com um grupo tão forte na perseguição.
Vanmarcke acabou repetindo sua classificação do ano anterior ficando com a terceira colocação.
Oliver Neassen: O campeão belga foi um dos que mais trabalhou pelo grupo na parte final da prova, sempre colocando na ponta dificultando muito a vida do pelotão que tentava encostar. Oliver Naesen, apostava suas fichas no sprint final, mas não contava com a mesma intenção da maioria dos ciclistas do grupo. Naesen acabou desapontado depois de tanto esforço em vão e por não conseguir melhorar sua classificação (no ano passado havia ficado em sétimo).
Ele terminou em vigésimo sétimo lugar mas mostrou que está muito bem para o restante das clássicas da temporada.
Veja os quilômetros finais da prova: