
Mais uma vez uma moto interferiu e derrubou ciclistas em uma grande competição, da mesma forma que nas clássicas e no Tour de France, todos os dias os ciclistas são obrigados a jogar meses de sofrimento e preparação pela incompetência de 1 motoqueiro.
O colombiano Nairo Quintana (Movistar) venceu a etapa após um grande trabalho de sua equipe que quebrou o pelotão em pedaços e fez um esforço coletivo impressionante, Quintana venceu com supremacia e mostrou a todos que não há concorrente para seu título no Giro. Mas, o que chamou mesmo a atenção foi a atuação de um dos motociclistas que parou na frente do pelotão na subida final, no pé do Blockhauss, com o pelotão a 50km/h.
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A pancada na moto atingiu primeiro o gregário de Tom Dumoulin, Wilco Kelderman (Team Sunweb) que com o violência da batida arrancou a roda dianteira, o ciclista abandonou a prova e foi levado ao hospital. Junto com Kelderman caíram vários ciclistas da Sky, como Mikel Landa, Geraint Thomas, Kenny Elissonde, Vasil Kyrienka e Philip Deignan, a queda simplesmente dizimou o poderoso Team Sky!
Além disso, o líder dos jovens talentos e quarto no Tour de 2016, Adam Yates (Orica-Scott) também foi ao chão e sua equipe não tinha ninguém à altura para levá-lo ao pelotão, Ruben Plaza e Chris Julsen fizeram força para ajudá-lo, mas Yates teve de seguir sozinho logo em seguida, ele foi mais um dos prejudicados na prova.

Como vimos no último Tour de France, interferências externas, quando acontecem, devem ser resolvidas com a ação da organização da prova. O que estamos vendo hoje é uma completa omissão da organização do Giro que até o momento fechou os olhos para a atuação do motoqueiro e nada fez. No Tour 2016, uma moto derrubou Porte, Froome e Mollema na subida do Mont Ventoux, naquela ocasião, Froome perderia a camisa amarela e daria adeus ao título, mas a organização neutralizou os tempos, ou seja agiu, mostrou por que é a ASO organiza o Tour, mas a organização do Giro tem mostrado pouco comprometimento em resolver a situação.

Amanhã teremos o segundo dia de descanso do Giro, tempo para muita discussão sobre o papel das motos na organização e terça o primeiro e aguardado contra-relógio individual que deve novamente balançar a classificação geral. Não perca! 🙂
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