Aconteceu no sábado a Omloop Het Nieuwsblad, segunda clássica categoria 1.UWT (o mais alto nível do calendário WordTour) da temporada. A primeira do calendário foi a Cadel Evans Great Ocean Road Race vencida pelo alemão Nikias Arndt da equipe Team Sunweb.
Como é a primeira prova em território europeu a OHN sempre é muito disputada e esse ano não foi diferente. Diferente só não foi o resultado final que foi igual ao do ano passado: Greg Van Averamet (BMC Racing Team) em primeiro e o atual campeão do mundo, Peter Sagan (Bora – Hansgrohe) em segundo. O terceiro lugar ficou com Sep Vanmarcke (Cannondale-Drapac Pro Cycling Team) que fazia sua primeira clássica pela nova equipe. Ano passado ele defendia a Team LottoNL-Jumbo.
A prova começou a ser definida faltando pouco mais de 50 quilômetros. Alguns acidentes já haviam tirado da disputa alguns dos favoritos como Tom Boonem (Quick-Step Floors), Alexander Kristoff e Tony Martin (Katusha) e Tiesj Benoot (Lotto-Soudal) e o grupo principal já estava bastante selecionado.
A fuga era composta por Justin Jules (Veranclassic), Gediminas Bagdonas (AG2R La Mondiale), Brian van Goethem (Roompot), Mike Teunissen (Team Sunweb), Preben Van Hecke (Sport Vlaanderen-Baloise) e Leigh Howard (Aqua Blue Sport).
Depois de algumas acelerações Sagan deu sua primeira apertada no topo do Wolvenberg e foi acompanhado por Vanmarcke, Avermaet, Grivko (Astana Pro Team), Gougeard (AG2R La Mondiale) e Boudat (Direct Energie).
A demonstração de força de Sagan começou aí e percebendo que haviam aberto perto de 20 segundos do grupo principal ele começou a levar forte e hora ou outra pedia que seus companheiros revesassem, mas isso não acontecia. Sagan olhava, gesticulava e nada, ninguém ajudava.
Nesse momento também criou-se a maior polêmica da prova. Liderados por Sagan o grupo começou a andar em cima das calçadas, fugindo dos dolorosos pavés. O grupo perseguidor que contava, entre outros, com Fabio Felline e Jasper Stuyven (Trek – Segafredo), Oscar Gatto (Astana Pro Team), Luke Rowe (Team Sky) e Matteo Trentin (Quick-Step Floors) foi impedido pelos comissários de utilizar as calçadas o que causou algumas discussões entre os atletas e comissários da prova. (A confusão durou até depois da prova e só terminou após a organização confirmar o vencedor após uma série de reclamações de alguns diretores de equipes.)
Depois de praticamente 10 quilômetros levando sozinho e fazendo algumas vítimas pelo caminho – Grivko (Astana Pro Team) e Boudat (Direct Energie) que não aguentaram o ritmo – Sagan e seus, agora, 3 companheiros alcançaram os líderes da prova faltando 42 Km para o final.
Atrás deles o grupo perseguidor aumentava cada vez mais com a chegada de alguns ciclistas que haviam se envolvido nos acidentes.
Eram agora 9 ciclistas na ponta da prova, 5 da fuga inicial do dia mais Sagan, Vanmarcke, Avermaet e Gougeard.
Após assumirem a ponta da prova Sagan começou a contar com alguma ajuda de Avermaet e Vanmarcke. E foi de Vanmarcke a iniciativa de no Molenberg, a 36 quilômetros da meta, forçar o ritmo e deixar pra trás alguns atletas da fuga inicial juntamente com Gougeard.
Atrás Zdenek Stybar (Quick-Step Floors) também atacava no Molenberg tentando de alguma forma diminuir a distancia dos líderes e selecionar o grupo que, após a subida, era de apenas 12 atletas.
Van Avermaet e Vanmarcke continuavam a colaborar e a diferença era de 30 segundos para o grupo perseguidor que era liderado pela Quick-Step com Stybar, Matteo Trentin e Philippe Gilbert forçando o ritmo.
Faltando 30 quilômetros para o final o último integrante da fuga inicial que estava com os três favoritos, Mike Teunissen (Team Sunweb), foi deixado para trás e nos últimos 10 quilômetros ficou claro que os, então, três líderes não seriam mais alcançados restando apenas a definição do vencedor.
No sprint, assim como no ano passado e aproveitando-se do fato dos metros finais serem em um falso plano subindo, Avermaet partiu e, apesar dos esforços de Peter Sagan, não foi mais alcançado.
Sagan de bem com vida
Após a prova Sagan deu algumas entrevistas engraçadas, mas também deixou claro que estava tranquilo com o resultado da prova já que fazia um mês que ele não competia.
Veja algumas dessas entrevistas no final da matéria.
Vídeos
Resumo:
Últimos 70 Km da prova:
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