A briga pela vitória geral do Tour Down Under está cada vez mais acirrada. Para quem não sabe, o brasileiro Murilo Fischer já foi top 10 na geral do TDU em 2004, quando corria pela equipe italiana Domina-Vacanze, terminando na surpreendente sexta colocação geral! Naquele ano o TDU não teve tantas montanhas, e a decisiva Willunga Hill foi adicionada nos anos seguintes. Em 2017, a Willunga Hill acontecerá na quinta etapa, e teremos o fenômeno Richie Porte (BMC) tentando deixar todos para trás pelo quarto ano consecutivo, ali ele mostra o porquê é considerado um dos melhores escaladores da atualidade.
Saiba mais: Orica-Scott levará o que tem de melhor para o Tour Down Under.
Confira quem serão os grandes favoritos para a disputa da primeira volta ciclística do World Tour de 2017:
Peter Sagan
Essa será a segunda participação de Sagan no TDU, em uma de suas primeiras provas como profissional em 2010, Sagan saiu na fuga com grandes nomes como Alejandro Valverde, Cadel Evans e Luis Leon Sanches na etapa rainha. Naquele dia poucos sabiam quem era Peter Sagan, mas desta vez ele vai alinhar como um dos francos favoritos para a vitória geral e também irá estar estreando sua nova equipe, a Bora-Hansgrohe, equipados de Specialized, rodas Roval e grupo Dura-Ace eletrônico.
Orica-Scott
Levará Simon Gerrans, Esteban Chaves para a geral e Caleb Ewan para os sprints. Saiba tudo sobre a equipe em nosso post: Orica-Scott levará o que tem de melhor para o Tour Down Under.
BMC
Além do australiano Richie Porte, a BMC ainda levará seu compatriota Rohan Dennis, que é especialista em crono, e sem a presença desse tipo de prova na programação da volta, terá a difícil tarefa de brigar pela geral, desta forma, é mais provável que ele seja um plano B, caso Porte tenha algum problema. A BMC ainda levará seu novo contratado Miles Scotson, vindo do time belga Wanty-Goubert Group, no qual ele foi estagiário durante o segundo semestre de 2016. Scotson é considerado uma grande promessa do ciclismo, medalha de bronze no mundial de Doha na categoria sub-23, ele possui um forte contra-relógio e será um jovem talento a ser desenvolvido pela equipe.
Veja o ataque mortal de Richie Porte na Willunga Hill em 2016:
Team Sky
A Sky, em 2016, trouxe para a prova o colombiano Sérgio Henao, que sofreu uma grave queda nos último quilômetros da prova de estrada dos Jogos Olímpicos, em um momento que liderava a prova junto com Richie Porte, Vincenzo Nibali e Rafal Majka, somente Majka não caiu e os demais tiveram fraturas ósseas. Com isso, para o TDU 2017 a Sky trará novos nomes e será liderada por Geraint Thomas, mas ainda não sabemos, a princípio qual a condição em que Thomas se encontra neste início de temporada.
Sabemos que Thomas tem foco no Giro d´Itália, em maio, e em provas de uma semana como a Paris-Nice, vencida por ele em 2016 e que é uma das “meninas dos olhos” de toda equipe. Com isso é provável que Thomas siga o mesmo cronograma de Richie Porte, que tentará vencer o TDU e também a Paris-Nice, ou, todavia, possa vir ao TDU apenas para rodar, mas acreditamos que a primeira opção seja mais provável.
A Sky ainda levará o sprinter Elia Viviani, que baterá guidão com Caleb-Ewan, Peter Sagan, Ben Swift e cia nas chegadas em massa.
Cannondale
Outra equipe que estará tentando brigar pela geral é a Cannondale-Drapac, que levará o canadense Michael Woods para a batalha. Ele teve um ano de 2016 difícil, no qual um tombo na Liege-Bastogne-Liege lhe custou uma quebra de clavícula, tirando-o do Giro d´Itália, e um tombo no Tour da Polônia, no qual ele teve uma fratura no fêmur. Com todos esses problemas, Woods ainda conseguiu ter bons resultados nas provas que participou em 2016, sendo agressivo nas clássicas e conseguindo pódios em algumas clássicas, como o segundo lugar na Milão-Turim. Em 2016, Woods foi o quinto colocado geral no Tour Down Under.
Novos talentos!
Todos os anos, no TDU são revelados alguns talentos da Oceania, continente que abriga principalmente a Austrália e Nova Zelândia, que são países com grande tradição no ciclismo de pista, e que formam grandes passistas e velocistas, foi assim com Adam Hansen, Caleb Ewan e cia. Em 2017 não deve ser diferente, e os jovens talentos que todos os anos trazem medalhas em mundiais e copas do mundo, estarão participando e brilhando no TDU. Um grande exemplo foi o jovem Chris Hamilton, que fez uma bela atuação pela pequena equipe Uni-SA em 2016 e em 2017 estará correndo o TDU pela Sunweb (ex-Giant-Alpecin) no nível WorldTour.
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