Tom Dumoulin larga na frente no Giro d’Itália 2018. O holandês conquistou a Maglia Rosa depois de fazer o melhor tempo no prólogo de abertura, um contra-relógio de 9,7 Km.
Chris Froome, o principal adversário de Dumoulin, não fez o tempo que todos esperavam. Mas, depois do tombo que levou no aquecimento para a prova, pode ser que o ciclista da Sky tenha tomado um pouco mais de cuidado e se preocupado menos com o tempo.
Queda de Froome hoje no reconhecimento do percurso. #gironaespn @ariaguiar pic.twitter.com/0m7900FLkp
— País do Ciclismo (@DoCiclismo) 4 de maio de 2018
O atual campeão do Giro, Dumoulin (Team Sunweb), iniciou a edição desse ano assim como terminou a de 2017: com uma performance incrível no desafiador percurso do prólogo.
O campeão mundial de contra-relógio foi o último a partir e completou o percurso técnico pela capital israelense com o tempo de 12 minutos e 4 segundos, batendo assim o australiano Rohan Dennis (BMC) que era o virtual vencedor até então. O belga Victor Campenaerts (Lotto-Fix All) ficou com o terceiro lugar.
Chris Froome (Team Sky) acabou fazendo 37 segundos acima do tempo de Dumoulin.
Depois da tomada de tempo, Froome, que está tentando seu terceiro título em grande voltas na sequencia, não quis falar com os repórteres, já Dumoulin estava muito bem depois de ter feito um início de título perfeito.
“Isso foi tudo o que eu desejei”, disse Dumoulin, de 27 anos. “Foi um percurso perfeito para mim. Fiz o tempo inteiro dando tudo, foi perfeito”.
Questionado se sua equipe, a Sunweb, defenderia a Maglia Rosa durante os próximas duas etapas que acontecem em Israel, Dumoulin deu uma resposta realista: “É legal ter a Maglia Rosa, mas não estamos planejando defender a camisa todos os dias, então vamos ver o que acontece”, finalizou.
A melhor equipe do prólogo foi a Katusha-Alpecin, eles colocaram José Gonçalves e Alex Dowsett entre os 5 primeiros, em quarto e quinto respectivamente, além do veterano alemão Tony Martin, que fez 27 segundos a mais que o vencedor e ficou com a nona posição.
Surpreenderam positivamente o britânico Simon Yates (Mitchelton-Scott) que ficou com o sétimo lugar +20 do vencedor, o pequeno italiano Domenico Pozzovivo (Bahrain Merida) que ficou com o mesmo tempo de Tony Martin e fechou em décimo e o colombiano da Movistar Carlos Betancur que ficou com a 11º posição.
O francês Thibaut Pinot (Groupama-FDJ), outro favorito para disputa da geral, perdeu 33 segundos ficando em décimo sexto.
Apesar de seu acidente e de sua aparente insatisfação com o resultado, Chris Froome se saiu relativamente bem comparado a alguns dos outros favoritos da prova. Apesar de perder 37 segundos ele ficou a frente do colombiano Esteban Chaves (Mitchelton-Scott), do italiano Fabio Aru (Emirados Árabes Unidos) e do canadense Michael Woods (EF Education First-Drapac).
Froome também não foi o único a cair durante o reconhecimento do percurso. Além dele o colombiano Miguel Ángel López (Astana) caiu também, mas sem sofrer nada que preocupe. Quem se deu mal foi o ex-companheiro de equipe de Froome, o bielorrusso Kanstantsin Siutsou (Bahrain Merida), ele que caiu forte e quebrou uma vértebra sendo obrigado a abandonar antes mesmo de largar.
Ángel López também é um dos favoritos, mas terminou 19 segundos atrás de Froome e 56 segundos atrás do vencedor Dumoulin. Ele terá bastante trabalho, principalmente se almejar um lugar no pódio final.
O campeão nacional australiano, Rohan Dennis, foi o vencedor virtual do prólogo por quase duas horas e após terminar a prova reclamou um pouco do percurso:
“Eu não tenho idéia de qual será o tempo mais rápido de hoje, mas dei tudo de mim e agora é cruzar os dedos. O circuito foi muito técnico, difícil manter um ritmo, foi bastante desafiador. Eu gostaria que as estradas fossem um pouco mais suaves, mas você não pode ter tudo”.
Outro a figurar entre os top 10 e que promete dar muito trabalho foi o espanhol Pello Bilbao (Astana) ele fechou o crono em sexto lugar com apenas 18 segundos acima de Dumoulin.
Foi a quarta vitória de Dumoulin no Giro d’Itália o que garantiu que o holandês inicie o Giro edição 101 da mesma forma que terminou o 100. E resta a Froome e Lopez, curar rapidamente suas feridas e logo tentar recuperar o tempo perdido.
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